Há uma semana, os supermercados de São Paulo não distribuem mais sacolas plásticas gratuitamente para embalar as compras. No Rio Grande do Sul ainda não há previsão de uma medida semelhante a ser adotada, mas o debate já existe. Nesta quarta-feira (11), um evento promovido ela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) em Porto Alegre reuniu biólogos, engenheiros químicos, autoridades políticas, ambientalistas, especialistas em direito ambiental, varejistas de diversos setores, indústria e consumidores para discutir o assunto.
No ano passado, uma pesquisa do Instituto Segmento Pesquisas apurou que 81,1% dos consumidores gaúchos se posicionam contra a proibição do uso das sacolas plásticas. "É cedo para decretarmos que o plástico tradicional é o maior vilão, já que aditivos de biodegradação criados no passado já se comprovaram ineficazes e até mais prejudiciais ao meio ambiente do que as sacolinhas comuns", explica o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.
O levantamento também mostrou que 95% dos consumidores do estado usam sacolas plásticas para levar as compras para casa e que mais da metade não usa toda a capacidade do saquinho.
No debate, empresários relataram que gastam R$ 190 milhões por ano para distribuir 1,5 bilhão de sacolas. "Se simplesmente eliminarmos as sacolas plásticas, as famílias gaúchas serão oneradas em média em R$ 15 mensais para a aquisição de sacos de lixo. Estaremos, na prática, transferindo a conta para o consumidor", observa Longo.
Segundo o presidente, a Agas apoiará qualquer alternativa que tenha sua eficácia e viabilidade econômica comprovada para substituir as sacolas plásticas nos supermercados do estado.
Via: G1
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