terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Entrevista de Miguel Bahiense mostra a importância do não banimento das sacolas plásticas, com embasamentos científicos

Presidente da Plastivida foi entrevistado pela eCycle e elencou vários motivos para manter as sacolas plásticas em circulação. Tire suas conclusões:
 
Miguel Bahiense é o presidente da diretoria executiva do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), organismo que congrega grande parte das empresas líderes de mercado da indústria plástica brasileira. Quando o assunto é a proibição da distribuição de sacolas plásticas em supermercados do Estado de São Paulo, Bahiense se posiciona veementemente contrário à medida, fazendo a mediação de que o TAC, que fez com que as sacolinhas comuns voltassem aos estabelecimentos por dois meses (até o dia 4 de abril), foi uma boa medida, mas insuficiente.

Em entrevista por telefone à equipe eCycle, o presidente do Instituto condena a cobrança pelas sacolas compostáveis, que ocorreu no início da campanha 'Vamos Tirar o Planeta do Sufoco'. "O supermercado nunca deu a sacola plástica comum para o consumidor. Ele a vende, mas o preço está embutido. É uma obrigação do setor e que foi retirada sem questionamento ao consumidor. Com o TAC, a APAS foi obrigada a recuar, mas por que só 60 dias? Achamos que o direito do consumidor não pode ter prazo de validade", afirma.

Mas, Bahiense não defende a sacola apenas por motivos de conveniência momentânea ao consumidor. Com base em artigos científicos e pesquisas de opinião publicadas no site da Plastivida, o presidente afirma que a sacolinha plástica cumpre funções de higiene na sociedade e questiona que ela seja a vilã ambiental dos lixões e aterros. Acompanhe essa e outras questões presentes no relato:

Ciclo de vida

As análises de ciclo de vida mostram que a sacola biodegradável tem menor desempenho ambiental do que a sacola normal. Houve um estudo feito pela agência ambiental britânica que teve esse resultado. A APAS não se baseou em estudos científicos para justificar a troca de matéria-prima, e quem paga a conta é o consumidor.
Muitas das ecobags que estão sendo vendidas em supermercados foram feitas em países da Ásia, que além de utilizarem mão-de-obra infantil e semi-escrava, não valorizam a indústria nacional, o que gera desemprego em nosso país.
Com a mudança, o consumidor terá que comprar duas embalagens: uma para o transporte de compras e outra para o descarte de lixo, o que desfavorece os mais pobres. O que ele fazia com um produto (usar como saco de lixo) ele precisará fazer com dois.

Redução

Realmente há um uso excessivo de sacolas plásticas por causa das demandas dos supermercados por sacolas mais finas, que eram mais baratas. Quando a sacola rasga, o usuário joga em qualquer lugar porque não há um programa de consumo responsável de sacolas por parte das prefeituras. Há sacolinhas feitas com selo de qualidade e podem suportar seis quilos (tem o peso de 4,5g, enquanto as sacolas fora da norma pesam 3,5g).
Mesmo assim, a produção de sacolas diminuiu muito nos últimos anos. Em 2008, o número era de 17,9 bilhões. Devido a campanhas de redução, o número caiu para 12,8 bilhões em 2011.

Efeito estufa e higiene

A sacola plástica não contribui para o efeito estufa, como ocorre com a sacola de amido. Enquanto a plástica prende o carbono e não o libera para a atmosfera, a sacola de amido se decompõe e emite gases, entre eles o CO2.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) diz que a melhor forma de descartar lixo é o embalando com plástico, pois há o isolamento com relação ao meio ambiente. Nos próprios aterros sanitários há uma manta de polietileno que cumpre a função técnica de isolar o lixo dos lençóis freáticos. As sacolinhas constituem apenas 0,2% do lixo no aterro, não é o fim dela que acabará com o problema. O material orgânico desperdiçado é 65% do total de lixo.
Usina de compostagem seria o lugar ideal para que as emissões fossem menos impactantes ao meio ambiente. A sacolinha biodegradável é degradável porque ela é feita de amido de milho, mas não há usina de compostagem e a degradação será complicada.

Educação ambiental


A educação ambiental é o melhor meio de lidar com essa questão. Não se pode passar por cima das questões social, ambiental e energética.

Via: eCycle

Opiniões sobre o banimento das sacolas plásticas - Revista do Brasil

Na edição de fevereiro da "Revista do Brasil", depoimentos mostram a indignação de consumidores que entendem que o banimento das sacolas plásticas não resolve problemas ambientais.
Com o título "Oportunismo na sacola - com apelo ambientalista, acordo entre governo de São Paulo e varejistas retira sacolinhas dos supermercados, atropela direitos do consumidor e não resolve a questão do lixo", a matéria mostra os dois lados dessa "disputa", e expõe a opinião do lado mais fraco: o do consumidor!

"Da noite para o dia as sacolinhas sumiram dos mercados e quem quisesse tinha que comprar. Compro só o que está em promoção para fazer o dinheiro render...e o que economizo vou gastar em sacolinha?" - Valdelice da Silva Lopes.

"O banimento é uma medida populista e midiática. Fui orientado pela operadora de caixa a procurar caixas de papelão no supermercado, mas era impossível encontrar uma. As pessoas agarravam as suas como se fosse algo muito valioso" - Renato Tonon.

"Essa medida nada tem de ecológica. É uma desculpa que eles encontraram para tirar o custo dos mercados com a distribuição das sacolas e aumentar o lucro vendendo outras" - Antonio Messias.

"Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão por lei. Esse acordo, que não tem amparo legal, está induzindo a população a crer em proibição das sacolas plásticas comuns e obrigação da compra das biodegradáveis, sendo que é direito do consumidor ter à disposição embalagem limpa e adequada para transportar suas compras sem nenhum custo adicional" - Reginaldo Araújo Sena.

"É um oportunismo econômico, e os órgãos de defesa do consumidor já estão de olho. O fim das sacolinhas representa o fim de milhares de empregos, e isso não admitimos" - Osvaldo Bezerra Pipoka.

"Os sacos de lixo são feitos com plásticos da mesma família usada nas sacolinhas, mesmo sendo reciclados apresentam características semelhantes" - Derval dos Santos Rosa.

"O banimento das sacolas é como afirmar que a causa da violência no Rio de Janeiro é a favela e, assim, decretar seu fim!" - Breno Alves.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Bauru monitora coleta de lixo após fim das sacolas plásticas

A Emdurb, empresa  gerenciadora da limpeza pública no município de Bauru, está realizando um trabalho de monitoração do serviço de coleta de lixo domiciliar na cidade após o fim do fornecimento de sacolinhas plásticas pelos supermercados. Além disso, a instituição vem estudando o comportamento dos munícipes em relação a essa mudança.

Nesta primeira semana de análises, observou-se um aumento considerável de resíduos acondicionados em caixas de papelão, o que gerou problemas após as chuvas que caíram nos últimos dias, e que molharam os recipientes, causando transtornos na hora do recolhimento do material. Na última segunda-feira, a Emdurb detectou um problema generalizado nos setores da cidade quanto ao acondicionamento indevido de lixo domiciliar.

Para realizar a coleta diária dos objetos, a Emdurb segue o Código Sanitário Municipal, Lei Alteradora 3986, de 14 de dezembro de 1995, artigo 27: "O lixo domiciliar a ser coletado regularmente deve apresentar-se embalado em sacos plásticos, com capacidade máxima de 100 (cem) litros (...)".

A preocupação da Emdurb é com o lixo acondicionado a granel, em caixas de papelão e misturado com objetos recicláveis, pérfuro-cortante, entre outros, o quê dificulta a coleta, pois podem espalhar-se pela calçada e ocasionar o aparecimento de vetores, resultando no aparecimento de doenças, como a leishmaniose e a dengue, por exemplo.

Além disso, o descarte errado dos resíduos sólidos, pode provocar acidentes com os coletores de materiais pontiagudos. Outro fator que preocupa a empresa consiste no aumento do volume de lixo a serem compactados nos caminhões, resultando em mais viagens ao aterro sanitário, onerando a operação do serviço.

A Emdurb recomenda que a comunidade adquira sacos plásticos com capacidade máxima de até 100 litros para o correto acondicionamento dos resíduos.

Via: DCI

Bauru monitora coleta de lixo após fim das sacolas plásticas

A Emdurb, empresa  gerenciadora da limpeza pública no município de Bauru, está realizando um trabalho de monitoração do serviço de coleta de lixo domiciliar na cidade após o fim do fornecimento de sacolinhas plásticas pelos supermercados. Além disso, a instituição vem estudando o comportamento dos munícipes em relação a essa mudança. 

Nesta primeira semana de análises, observou-se um aumento considerável de resíduos acondicionados em caixas de papelão, o quê gerou problemas após as chuvas que caíram nos últimos dias, e que molharam os recipientes, causando transtornos na hora do recolhimento do material. Na última segunda-feira, a Emdurb detectou um problema generalizado nos setores da cidade quanto ao acondicionamento indevido de lixo domiciliar. 

Para realizar a coleta diária dos objetos, a Emdurb segue o Código Sanitário Municipal, Lei Alteradora 3986, de 14 de dezembro de 1995, artigo 27: "O lixo domiciliar a ser coletado regularmente deve apresentar-se embalado em sacos plásticos, com capacidade máxima de 100 (cem) litros (...)".

A preocupação da Emdurb é com o lixo acondicionado a granel, em caixas de papelão e misturado com objetos recicláveis, pérfuro-cortante, entre outros, o quê dificulta a coleta, pois podem espalhar-se pela calçada e ocasionar o aparecimento de vetores, resultando no aparecimento de doenças, como a leishmaniose e a dengue, por exemplo. 

Além disso, o descarte errado dos resíduos sólidos, pode provocar acidentes com os coletores de materiais pontiagudos. Outro fator que preocupa a empresa consiste no aumento do volume de lixo a serem compactados nos caminhões, resultando em mais viagens ao aterro sanitário, onerando a operação do serviço.

A Emdurb recomenda que a comunidade adquira sacos plásticos com capacidade máxima de até 100 litros para o correto acondicionamento dos resíduos.

Via: DCI

Prédios acumulam lixo reciclável por falta de coleta

Os condomínios da cidade de São Paulo têm acumulado lixo reciclável por falta de coleta seletiva. A demanda está cada vez maior, mas a estrutura da Prefeitura, com 21 centrais de triagem, não consegue atender ao processamento diário de todo o material produzido na capital. Os síndicos jogam o lixo que poderia ser reciclado com os detritos comuns.

De 2009 para 2011, o volume médio de resíduos coletados diariamente na cidade de São Paulo teve um aumento de 12,5%. Passou de 16 mil toneladas por dia para 18 mil. A quantidade de itens enviados para a reciclagem, porém, continua por volta de 1% do total. Passou de 120 toneladas (0,71%) por dia em 2009, para 214 (1,13%) em 2011. "O ideal é que a cidade estivesse reciclando cerca de 25% do total do lixo produzido", disse a arquiteta e urbanista Nina Orlow, da Rede Nossa São Paulo. De acordo com Nina, a cidade precisa fazer um estudo gravimétrico (separação e pesagem) do lixo coletado diariamente, o que traduz o porcentual de cada componente recolhido.

O Edifício Copan, no centro da capital, que tem cerca de 5 mil moradores, chega a produzir 75 toneladas de lixo por mês. Desse total, consegue enviar para a reciclagem 15 t. O prédio também tem encontrado dificuldades na hora da coleta do material reaproveitável. "As cooperativas nem sempre funcionam. Como sou grande gerador de lixo, fiz uma parceria com uma ONG para a coleta, mas tem semanas que eles não recolhem o material reciclável e ele fica se acumulando na garagem", disse o síndico do condomínio, Affonso Celso Prazeres de Oliveira, de 73 anos.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Procon alerta comerciantes sobre a distribuição gratuita das sacolas plásticas

Diretor  do órgão enfatiza que consumidor  não pode aceitar  cobrança
para transportar embalagens

O diretor da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor  (Procon)  de  Guarulhos,  Jorge Wilson, fez  esta segunda-feira um alerta para os  comerciantes  do  município  em relação à distribuição gratuita das sacolas plásticas, que é  um direito  do  consumidor  e  um dever  do estabelecimento,  que  tem  a  obrigação  de finalizar  a prestação de serviço fornecendo a embalagem.


Wilson  explicou  que  a  entidade  apóia  a questão ambiental das sacolas plásticas, mas que o fornecedor deve cumprir e se  adequar  à  legislação  federal  e  municipal,  oferecendo  embalagem sem custo ao cidadão.  "O consumidor  não pode se intimidar com a situação e também não deve aceitar  cobrança e nem o transporte de mercadoria  em caixas  de  papelões,  que  apresentam índices  elevados  de
coliformes fecais".

A lei municipal 6.186, de 23 de outubro de 2006, institui a obrigatoriedade do fornecimento  de  sacolas  plásticas  e  serviço  de  acondicionamento  de mercadorias  em  supermercados,  hipermercados,  atacadistas  e estabelecimentos varejistas congêneres. Inclusive,  o  artigo  3º  estabelece  que  para  cada  máquina  registradora  em operação,  haverá  pelo  menos  um empregado  encarregado  da  tarefa  de embalar  os produtos nas sacolas plásticas.  Conforme lei  federal  8.078/90 - Código  de  Proteção  e  Defesa  do  consumidor,  no  artigo  39,  é  vedado  ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas, exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva. "Temos  recebido  muitas  reclamações  por  causa  da  cobrança  abusiva  das sacolas plásticas e da falta de fornecimentos de embalagens gratuitas. Deste modo,  vamos fiscalizar  os estabelecimentos e  mediante  qualquer  denúncia realizaremos o auto de constatação, na reincidência o comércio será multado sobre o valor do faturamento", comenta Wilson.


Via: Guarulhos Web

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Plastivida questiona se direito do consumidor tem prazo de validade

Termo assinado pelos órgãos de defesa do consumidor e pela Apas tira, em 60 dias, o direito da população contar com sacolas gratuitas nos supermercados

Após inúmeras manifestações de descontentamento da sociedade, cartas de leitores em jornais, artigos, testemunhos técnicos, divulgação de estudos científicos, intenso movimento em redes sociais e reportagens, a Associação Paulista de Supermercados (APAS) se viu obrigada a recuar em seu plano de banimento das sacolas plásticas.

O Ministério Público/SP, a Fundação Procon/SP e a APAS assinaram um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta - pelo qual os estabelecimentos se obrigam a fornecer gratuitamente, pelos próximos 60 dias, sacolas plásticas para o transporte dos produtos adquiridos pelos consumidores. Esse período foi fixado para a conscientização dos consumidores de que, a partir de abril, os supermercados não fornecerão mais nenhum tipo de sacola. Os supermercados também ficam proibidos de distribuir caixas de papelão contaminadas.

A Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, entidade que trabalha pela educação ambiental voltada para o consumo responsável e descarte adequado dos plásticos, questiona o real motivo da distribuição gratuita durar apenas 60 dias. O direito do consumidor tem prazo de validade? Em 60 dias o Código de Defesa do Consumidor, que baseou a decisão da distribuição gratuita, será "rasgado"?

O consumidor se sentiu lesado, não pela falta de tempo para mudar hábitos, mas sim, por não ver ganho ambiental algum no banimento das sacolas plásticas. Está cada vez mais claro para a população que as sacolinhas não são descartáveis, mas sim reutilizadas principalmente para o acondicionamento do lixo.

Assim, não há ganho ambiental em baní-las, somente prejuízo para o bolso do consumidor, tanto com a restrição de seu direito de escolha pela embalagem mais adequada, quanto com custos extras em seu orçamento.

A Plastivida recomenda que o consumidor exija a sacolinha, que é um direito dele, porque já paga por ela, uma vez que seu custo já está embutido no preço dos produtos. Esperamos que as reclamações continuem sendo ouvidas e que se faça Justiça.

Via: INCorporativa

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Zefiro Giassi fala sobre sacolas plásticas

Veja a opinião de quem é do meio supermercadista. Zefiro Giassi é fundador e presidente da rede de supermercados Giassi, de Santa Catarina.


Sacolas plásticas - Jornal O Globo

Página 8 do jornal O Globo de hoje, traz opinião de leitor sobre o banimento das sacolas plásticas em São Paulo. Veja:

Sacolas plásticas
Pegou mal a forma como tentaram tirar as sacolas plásticas em São Paulo. Gastaram milhões em propaganda. Só não falaram que as sacolas biodegradáveis vendidas aos supermercados a R$ 80 o quilo (R$ 0,02 cada uma) são vendidas aos usuários a R$ 0,19, cada, com o marketing de que estão ajudando o meio ambiente. E pior que as sacolas biodegradáveis é a não separação do lixo em SP, onde 60 mil toneladas vão diariamente para aterros e lixões a céu aberto.
Por: José Pedro Naisser - Curitiba/PR

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Francisco Chagas, VP da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, fala sobre o banimento das sacolas plásticas em SP

Francisco Chagas é Vereador da Câmara Municipal de São Paulo, Diretor do Sindicato dos Químicos de São Paulo e Vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara.

"O acordo para a não utilização das sacolas plásticas visa, fundamentalmente, beneficiar as redes de supermercados, além de ser, do ponto de vista ambiental, uma medida totalmente inadequada"



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Seu direito tem prazo de validade?

O Ministério Público/SP, o Procon/SP e a APAS - Associação Paulista de Supermercados, assinaram um TAC pelo qual os estabelecimentos se obrigam a fornecer, pelos próximos 60 dias, embalagens para o transporte dos produtos adquiridos pelos consumidores.
Esse período foi fixado para a conscientização dos consumidores de que, a partir de abril, os supermercados não fornecerão mais nenhum tipo de sacolas – plásticas ou biodegradáveis.

Por que distribuir gratuitamente as sacolinhas apenas por 60 dias? O direito do consumidor tem prazo de validade?

O consumidor se sentiu lesado, não pela falta de tempo para mudar hábitos, mas sim por não ver no banimento motivos verdadeiros em prol do meio ambiente e da sociedade.
Exija a sacolinha, é um direito seu! O caminho não é o banimento, mas sim o consumo responsável.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Especialista Eloisa Garcia fala sobre sacolas plásticas

Eloisa Garcia é Pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos.
Segundo ela, o consumidor precisa ser educado quanto ao 'Consumo Sustentável'; a 'Responsabilidade pelo Consumo'; e a 'Disposição Adequada dos Resíduos'.
Veja a entrevista dela na íntegra: 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Promotor diz que lei das sacolas em Marília (SP) é inconstitucional

O promotor José Alfredo de Araújo Sant'Ana, da Promotoria do Consumidor e de Meio Ambiente de Marília (SP), diz que o pacto dos supermercados para não utilizar sacolas plásticas não pode se sobrepor à legislação. "A prática de entrega gratuita de sacolas é antiga e acabar com ela, penalizando o consumidor, é um desrespeito ao direito consuetudinário (que rege os costumes)". Ele é autor de um agravo de instrumento que pede a inconstitucionalidade da lei municipal que introduziu a troca das sacolas e que vigora desde 1.º de janeiro. "Além de inconstitucional, a lei não é solução para a questão ambiental e apenas onera o consumidor."

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Russomanno é contra o fim das sacolas plásticas

Desde a última quarta-feira (25), as sacolinhas plásticas não estão mais disponíveis gratuitamente nos supermercados do Estado de São Paulo – cada uma delas custará em torno de vinte centavos.

Desde a última quarta-feira (25), as sacolinhas plásticas não estão mais disponíveis gratuitamente nos supermercados do Estado de São Paulo – cada uma delas custará em torno de vinte centavos. Motivo de embate entre a indústria plástica e o varejo, o fim das sacolinhas está gerando discussões. Para o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB-SP), "o banimento das sacolinhas é algo totalmente contra o consumidor. É um golpe contra o consumidor, uma falácia. Mais uma vez é o consumidor que está pagando a conta. A questão da preservação do meio ambiente, é importantíssima, mas o banimento das sacolinhas não vai resolver isoladamente. É preciso estimular a coleta seletiva e conscientizar a população", diz Russomanno. 

Nota oficial do Procon-SP sobre a substituição das sacolas plásticas nos supermercados

1 de Fevereiro de 2012

“A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) , órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, apoia propostas que tenham por objetivo promover o consumo sustentável e consciente como forma de preservação do meio ambiente, observados em qualquer hipótese os direitos dos consumidores, assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

No caso da campanha realizada nos supermercados, que visa a substituição de sacolas plásticas comuns por biodegradáveis, o Procon-SP esclarece que a par da informação prévia e adequada acerca de eventual cobrança e, ainda, do devido e contínuo esclarecimento e conscientização da população quanto a tais procedimentos, os estabelecimentos devem oferecer uma alternativa gratuita para que os consumidores possam finalizar sua compra de forma adequada, devendo essa medida ser adotada pelo tempo necessário à desagregação natural do hábito de consumo.

É importante destacar que, na ausência de opção gratuita para que o consumidor possa concluir sua compra, fruindo de maneira adequada o serviço, o estabelecimento deverá fornecer gratuitamente a sacola, respeitando assim os ditames do Código de Defesa do Consumidor (CDC)."

O consumidor que tiver dúvidas ou quiser fazer uma reclamação, pode procurar um dos canais de atendimento da fundação:

Orientações: 151 (Só para a capital).

Pessoalmente: de segunda à sexta-feira, das 7h às 19h. Sábados, das 7h às 13h, nos postos dos Poupatempo, sujeito a agendamento no local.

Sé - Praça do Carmo, S/N, Centro.
Telefone: 0800-772-3633

Santo Amaro - Rua Amador Bueno, 176/258 - São Paulo - SP (próximo ao Largo Treze de Maio).
Telefone: 0800-772-3633

Itaquera - Av. do Contorno, S/N, Itaquera (ao lado do metrô).
Telefone: 0800-772-3633
Nos postos dos Centros de Integração da Cidadania (CIC) Norte, Leste, Oeste, São Luiz, Imigrantes e Feitiço da Vila (endereços no site: http://www.justica.sp.gov.br/modulo.asp?modulo=52&Cod=52) , de segunda à quinta-feira, das 9h às 15h.

Por fax: (11) 3824-0717.

Por cartas: Caixa Postal 3050, CEP 01031-970, São Paulo-SP.

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Dicas e orientações sobre defesa do consumidor no blog Educação para o Consumo.

Via: http://www.procon.sp.gov.br/noticia.asp?id=2724

Caso das embalagens tem 4 partes diretamente afetadas

Parece que recursos naturais e sustentabilidade estão sendo um meio, e não um fim

Por: Priscila Borin Claro, professora do Insper, doutora em gestão ambiental, social e desenvolvimento.

O acordo que restringe a distribuição gratuita das sacolinhas plásticas no comércio de São Paulo deixa dúvidas sobre quem saiu ganhando. Encontramos quatro partes diretamente afetadas: meio ambiente, comércio, governo e consumidor.

O meio ambiente tem sido um dos grandes motivadores das mudanças de comportamento dos cidadãos e das organizações, que repensaram estilo de vida e processo de produção, dado que a capacidade do planeta está cada vez mais comprometida pelo aumento da população e do consumo. A medida contra a distribuição das sacolinhas busca reduzir a quantidade de lixo plástico.

No entanto, parece-me que o impacto real em todo o ciclo de vida da sacolinha convencional e das alternativas disponíveis não foram devidamente considerados.

Várias pesquisas mostram o quanto a sacolinha convencional polui por ser derivada de um recurso natural não renovável -o petróleo. Outras, no entanto, indicam que, se reutilizada, pode até ser mais sustentável.

Em relação ao consumidor, que em grande parte reutilizava a sacolinha para lixo de banheiro e de cozinha, a medida provocará uma mudança no comportamento e um aumento no orçamento mensal, com a compra de saco de lixo e de sacola biodegradável ou retornável.

O comércio teve de se estruturar para fornecer as novas sacolinhas biodegradáveis, bem como para "treinar" seus funcionários a respeito dos motivos da mudança.

O custo que antes lhes pertencia (alguns bilhões de reais) está sendo repassado aos consumidores, aumentando a margem do setor.

Questiono se o que está sendo "gasto" em campanha promocional e todo o lixo gerado (panfletos, outdoors etc.) têm, na verdade, como motivador a sustentabilidade. Além disso, o slogan "Salve o planeta", no caso das sacolinhas, é apelativo e vazio.

O governo, por sua vez, ao não ter uma estratégia articulada e estruturada em relação ao meio ambiente e à sustentabilidade de forma mais ampla, contenta-se com ações pontuais e fracas.

O que mais incomoda é que, ao analisar os interesses em jogo, parece que os recursos naturais e a sustentabilidade estão sendo um meio, e não um fim.

Tudo isso me lembra de quando morei na Holanda, onde existe um sistema a respeito da separação, do acondicionamento e da destinação final do lixo. Estrutura que o Brasil está longe de ter.

O varejo brasileiro, em parceria com os governos, poderia reverter parte da economia com as sacolinhas para apoiar o desenvolvimento de uma estrutura de gestão de resíduos adequada no país.

Via: Folha de S.Paulo - 31/01/2012