quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Indústrias britânicas formam aliança para defender sacolas plásticas

Grupos industriais da Escócia e Reino Unido formaram uma aliança para defender cientificamente a continuidade da adoção de sacolinhas plásticas sem que o material venha a sofrer sobretaxa, ideia que vem sendo ventilada em alguns setores do parlamento daqueles países.
A aliança, que conta com a Associação dos Embaladores de Alimentos (FPA), a Associação de Produtores de Filmes Plásticos para Embalagens (Pafa), a Confederação das Indústrias de Papel (CPI) e a Associação Britância de Plásticos (BPF), pediu aos parlamentares Richard Lochhead, na Escócia, e Lord Mauley, na Inglaterra, que desistam de qualquer ideia de introduzir taxas obrigatórias em sacolas plásticas.
“Não há nenhuma evidência para apoiar as sugestões frequentes que a introdução de taxas às sacolinhas trará benefícios ambientais ou que, restringindo de alguma forma o número de sacolas em uso, isso irá tornar os consumidores mais ambientalmente conscientes em outras áreas de suas vidas”, disse Barry Turner, diretor executivo da Pafa.
O grupo, que se dedica a desenvolver o trabalho realizado por um consórcio de sacolinhas plásticas (CBC), informou que o governo e a imprensa popular devem destacar o sucesso da abordagem voluntária da indústria para reduzir o uso de sacos plásticos, em vez de olhar para formas de atingir o consumidor com um imposto adicional sobre as suas compras.
“Temos a intenção de ser proativos em mostrar os benefícios de conveniência e ambientais de sacolas, mas lembrando as pessoas de que há questões de sustentabilidade muito mais urgentes e importantes a resolver”, explicou Peter Davis, diretor-geral da BPF.
A coalizão acredita que os CEOs de grandes varejistas entendem que sacolas plásticas não contribuem significativamente para os seus impactos ambientais e, por conseguinte, sugere que um pacto voluntário de redução de uso do material seja mais amplamente adotado.
O lobby, portanto, tem a intenção de fornecer à indústria, ao público e ao Governo, informações precisas sobre sacolas plásticas e seus impactos no meio ambiente na esperança de que um imposto obrigatório sobre o artefato possa ser evitado.

Via: Rede do Plástico

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ipatinga: Projeto revoga lei da sacola

Polêmica e insatisfações com a suspensão do saco de plástico comum motivou o PL em tramitação na Câmara de Ipatinga
 
IPATINGA -   Os  vereadores  de  todas  as  Comissões  da Câmara de Ipatinga participaram de uma reunião conjunta na última sexta-feira (23) para emitir parecer aos projetos em tramitação que devem entrar na pauta das próximas reuniões ordinárias. Um dos projetos de lei é o 163/12, que revoga a lei 3.011 de 15 de março de 2012 e dispõe sobre a substituição do uso de saco plástico de lixo e de sacola plástica por saco de lixo ecológico (compostável) e sacola ecológica.
Regulamentada e em vigor desde o dia 15 de novembro, a lei está  envolvida  em muita  polêmica  e insatisfação  dos clientes. A maioria dos supermercados e demais estabelecimentos varejistas do município deixou de fornecer a embalagem de plástico comum e passou a cobrar pela sacola compostável.
“A regulamentação da lei ficou confusa. Cada um está fazendo do seu jeito e quem está perdido é o consumidor final. É notório que muitos estão cobrando acima do preço de custo, ou seja, obtendo lucro ainda pela venda das sacolas”, enfatizou o vereador Adelson Fernandes (PSB).
A revogação, de autoria de Adelson e Pedro Felipe (PTB), teve parecer de constitucionalidade assinado pelas comissões de Legislação, Urbanismo e Abastecimento e agora segue para mérito em plenário na próxima reunião.
 
Permanência

A justificativa da revogação é que as sacolas plásticas continuam a circular, a exemplo das que vêm com arroz, açúcar, biscoitos, papel higiênico, entre outras. Outro ponto levantado diz respeito à migração de consumidores para as cidades vizinhas limítrofes a Ipatinga, em que os estabelecimentos disponibilizam sacolas  plásticas normalmente. “Desta forma, o comércio local está sendo prejudicado”, justifica o texto do projeto.
Outra ponderação diz respeito a oneração do consumidor, em detrimento da economia que os estabelecimentos passaram a ter. “A lei  acabou sendo  mal  interpretada.  Precisamos discutir tudo isso num sentido mais amplo, uma vez que ela foi feita e não está sendo obedecida e ainda passou a onerar aquele que precisa economizar”, disse.

Via: Diário do Aço

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Telhas plásticas coloridas e sustentáveis são apresentadas no Amazontech

Macapá – O plástico está deixando de ser considerado vilão ambiental e tem se tornado alternativa para  projetos de construção sustentável. Telhas plásticas feitas de polipropileno puro, proveniente de materiais 100% recicláveis, garantem alta resistência, leveza e longa durabilidade a casas e edificações em geral.  Essas são as características dos produtos da Plasacre, empresa de Rio Branco (AC), participante do Amazontech 2012 em Macapá.

“O projeto de nossa telha plástica foi desenvolvido pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) de São Paulo e é certificado pelo Inmetro, Falcon Bower e pelo IPT”, informa Camila Consolo, gestora ambiental da Plasacre. A telha de plástico reciclado da marca acreana é produzida  no estilo romano e em sete cores: azul, vermelho, branco, amarelo, cinza, verde e translúcida.  Um telhado feito com o produto inovador da Plasacre fica até 40% mais barato do que um com telhas tradicionais, segundo material promocional da empresa.

A Plasacre está no mercado há três anos. O empreendimento  adquire resíduos de plástico de cooperativa de catadores de Rio Branco e remunera os cooperados com cerca de um salário mínimo/ mês. Eles coletam o material na unidade de tratamento de resíduos sólidos do aterro sanitário da capital acreana e das ruas da cidade.
A equipe da Plasacre, composta por 57 colaboradores, faz a triagem do material, separando apenas os resíduos de polipropileno.Todo o processo de transformação do material até as telhas plásticas é realizado na própria empresa, que conta com equipamentos importados e nacionais para executá-lo.
Além das telhas plásticas recicladas, a Plasacre produz mangueira para irrigação, conduite corrugado, caixa multiuso e mourão, do mesmo material. Tijolo ecológico, feito de sacola plástica, indicado apenas para piso, será o próximo produto da marca. No momento, esse projeto se encontra em fase de teste, mas já foi patenteado.

“Estamos participando do Amazontech pela primeira vez. Está sendo uma  boa oportunidade para divulgar nossos produtos na região norte”, afirma Camila. A Plasacre está despertando curiosidade do público do evento.  Ela participou de dois encontros promissores na rodada de negócios.  Duas videoconferências foram agendadas com empresas de Macapá do setor alimentício.
Artefatos plásticos para construção civil ainda são desconhecidos na região amazônica e, por este motivo, despertam desconfiança, segundo a gestora ambiental. “Há preconceito. As pessoas questionam  cheiro, qualidade, higienização”, esclarece. Apesar da estranheza que as telhas plásticas despertam, testes  e estudos comprovam que elas são mais resistentes e duráveis do que as tradicionais, argumenta.
Aos poucos esses produtos vão conquistar o mercado, não há como escapar disso, prevê Camila. Só precisa andar mais rápido, especialmente na  Amazônia,  diz ela. “O descarte de plástico em igarapés é lamentável. Precisamos acelerar as soluções que existem para reduzir o impacto dos resíduos sólidos na natureza e reaproveitá-los para fabricar novos produtos”, enfatiza Camila.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Em Sorocaba supermercado ignora lei e não fornece sacolas plásticas gratuitas

Um supermercado da zona norte da cidade de Sorocaba não está obedecendo  à Lei nº  10.131, de 30/05/2012, em seu art. 1º, que determina: “Ficam  todas  as  empresas  comerciais, atacadistas  ou  varejistas,  empresas prestadoras de serviços em geral, obrigadas a fornecer, gratuitamente, sacolas ecológicas (oxibiodegradáveis  ou  retornáveis)  aos consumidores". Os clientes que fazem suas compras no "Atacadista Roldão", na avenida Ipanema,  e  não  levam  as  sacolas retornáveis,  são  obrigados  a  pagar  pela sacola  plástica  reforçada,  que  o estabelecimento oferece por R$ 0,15. Se já não  bastasse  esta  infração,  o  local  ainda oferece caixas de papelão para aqueles que não  querem pagar  pela  sacola  plástica, o que também vai contra a Lei nº 10.258, de 12/09/12,  em  seu  art.  1º,  que  determina: "Fica  proibida,  no  âmbito  do  Município  de Sorocaba, a reutilização de caixas de papelão, de produtos de limpeza, como alternativa às sacolas plásticas, usadas para embalar compras  em  supermercados,  hipermercados,  açougues,   bares,  restaurantes,  padarias,  congêneres  e  todo  e  qualquer estabelecimento comercial".

A dona de casa Ana Caroline Cristiane de Almeida relata que frequentemente faz compras no atacadista e sempre transporta as mercadorias em caixas de papelão. “Na primeira vez eu questionei e a funcionária disse que eles só vendiam a sacola. Já tive que voltar para casa de moto segurando caixa”, afirma. O marido de Ana, o pedreiro Ricardo das Neves, também não se sente confortável com a situação. “Não foi fácil transportar na moto as caixas. Isto o que eles fazem é um absurdo!”
Segundo a Área de Fiscalização, da Secretaria de Segurança Comunitária (Sesco), será programada a fiscalização no local da denúncia, "Atacadista Roldão", a fim de notificar a direção da empresa conforme a Lei nº 10.258, que proíbe a reutilização de caixas de papelão nos estabelecimentos da cidade. O supermercado ainda ficará obrigado a fornecer sacolas plásticas conforme determina a Lei nº 10.131.

Via: Diário de Sorocaba

Brasil recicla 80% das embalagens de agrotóxicos e é referência mundial no setor

Nos últimos dez meses, mais de 31,6 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos foram recolhidas e tratadas adequadamente. O volume divulgado no último dia 13, pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV), representa crescimento de 6% no recolhimento do produto em todo o Brasil.

O aumento reflete o incremento da atividade agrícola nas regiões Centro-Oeste e Sul. A expansão da produção em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e nas novas fronteiras agrícolas, como o oeste da Bahia, Maranhão e Piauí exige dos agricultores mais tecnologia e o uso frequente de agrotóxicos e defensivos agrícolas.

O presidente do inPEV, João Cesar Rando, garante que a intensificação da atividade no campo tem sido acompanhada pelo recolhimento e destinação das embalagens. Segundo ele, o procedimento criado há dez anos, conhecido como Sistema Campo Limpo, atingiu maturidade e cobertura de quase todo o território nacional.

“Naturalmente há resposta ao aumento na utilização das embalagens. Os índices do Brasil de recolhimento chegam a 80% das embalagens colocadas no mercado”, disse. O Brasil é apontado como líder neste tipo de cadeia de reciclagem, seguido por países como Alemanha e Canadá que conseguem recolher e reciclar cerca de 75% das embalagens.

A cobertura apontada por Rando inclui embalagens primárias, as que têm contato direto com o produto químico, e as embalagens secundárias, como caixas de papelão onde são acondicionadas as embalagens primárias, garrafas e potes de produtos.

Rando explica que para atingir 100% de recolhimento, o país precisa investir em campanhas, logística e fiscalização. “Existem locais afastados, onde não há agricultura intensa e falta um pouco de informação para o agricultor, falta ter uma cadeia mais bem organizada nessas regiões. O sistema depende da atuação de todos os elos da cadeia”, afirmou, defendendo ações que incluam investimentos em infraestrutura para facilitar o transporte.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Brasil é 10º em reciclagem de plástico

Apesar de já estarmos no fim de 2012, só agora saiu a pesquisa realizada pela Maxiquim, consultoria especializada no segmento industrial, dando conta de que em 2011 foram reciclados 21,7% dos plásticos após serem utilizados. Isto significa 736 mil toneladas de plástico que seriam jogados no lixo e que foram transformados em novos produtos. Em 2010 a marca foi de 19,4%.

No Brasil existem 815 recicladoras de plásticos, 52,4% delas no Sudeste, 34,2% no Sul, 8,8% no Nordeste, 3,9% no Centro-oeste e 0,6% no Norte do País. Essas empresas faturaram juntas, em 2011, R$ 2,4 bilhões, frente aos R$ 1,95 bilhão faturado em 2010, ou seja, um crescimento de 23% e geraram 22,7 mil empregos diretos.

O sudeste foi a região que mais reciclou material plástico em 2011 (55,5%), seguida das regiões Sul (27,7%), Nordeste (9,9%), Centro-Oeste (5,4%) e Norte (1,5%).

Os segmentos que mais consumiram plásticos reciclados no ano passado foram: utilidades domésticas, agropecuária, industrial, têxtil, construção civil, descartáveis, infraestrutura, limpeza doméstica, eletroeletrônicos, indústria automobilística, móveis e calçados.

O nível operacional médio da indústria brasileira de reciclagem de plásticos em 2011 foi de 63% da capacidade instalada, que é de 1,7 milhão de toneladas. A pesquisa mostra que esse fator é um reflexo da falta de sistemas de coleta seletiva no Brasil: dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 443, ou seja, 8%, contam com algum tipo de coleta seletiva.

Outros fatores apostados pela pesquisa que ainda limitam o aumento expressivo na atividade foram: aumento do preço do material reciclado e consequente queda na competitividade em relação à resina virgem; o alto custos de energia elétrica também impede o crescimento das recicladoras, assim como a baixa qualidade do material que é coletado.

No ranking mundial, o Brasil está em 10º lugar. Em primeiro está a Suécia (35%) vindo depois Alemanha e
Noruega (33%). Veja (abaixo) a lista dos dez países que mais reciclam plástico no mundo.

O presidente da Plastivida, Miguel Bahiense, acredita que a educação - a disseminação dos conceitos de consumo responsável, reutilização dos produtos e destinação adequada dos resíduos, entre eles os plásticos - é o canal mais eficaz para que toda a sociedade – população, indústria, poder público – compreenda seu papel em prol da sustentabilidade. “É por meio da educação e do empenho de todos – poder público indústria (produtos e serviços) e população - que vamos conseguir aproveitar melhor os recursos, gerar economia e garantir a preservação ambiental”, disse o executivo.

Os Estados Unidos, maiores consumidores, não figuram na lista dos maiores recicladores.

Os maiores recicladores de plástico do Mundo


1) Suécia 35%
2) Alemanha 33%
2) Noruega 33%
4) Bélgica 29,2%
5) Dinamarca 24%
6) Itália 23,5%
7) Suíça 23%
7) Reino Unido 23%
9) Eslovênia 22%
10) Brasil 21,7%


Via: Eco Informe

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Brasil reciclou cerca de 22% dos plásticos pós-consumo em 2011

Pesquisa da Maxiquim, consultoria especializada no segmento industrial, desenvolvida com base em 2011, aponta que, no período, foram reciclados no Brasil 21,7% dos plásticos pós-consumo. Ou seja, 736 mil toneladas de plástico que se destinariam ao lixo foram transformadas em novos produtos. Em 2010 a marca foi de 19,4%. A pesquisa é anualmente encomendada pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos e desenvolvida de acordo com metodologia do IBGE.

A pesquisa aponta que no ano, o Brasil registrou 815 recicladoras de plásticos, 52,4% delas no Sudeste, 34,2% no Sul, 8,8% no Nordeste, 3,9% no Centro-oeste e 0,6% no Norte do país. Essas empresas faturaram juntas, em 2011, R$ 2,4 bilhões, frente aos R$ 1,95 bilhão faturado em 2010, ou seja, um crescimento de 23%. Essas empresas geraram 22,7 mil empregos diretos.

Mostra também que a região Sudeste foi a que mais reciclou material plástico em 2011 (55,5%), seguida das regiões Sul (27,7%), Nordeste (9,9%), Centro-Oeste (5,4%) e Norte (1,5%).
Os segmentos que mais consumiram plásticos reciclados no ano passado foram Utilidades Domésticas, Agropecuária, Industrial, Têxtil, Construção Civil, Descartáveis, Infraestrutura, Limpeza Doméstica, Eletroeletrônicos, Indústria Automobilística, Móveis e Calçados.

O nível operacional médio da indústria brasileira de reciclagem de plásticos em 2011 foi de 63% da capacidade instalada, que é de 1,7 milhão de toneladas. A pesquisa mostra que esse fator é um reflexo da falta de sistemas de coleta seletiva no Brasil, já que dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 443, ou seja, 8% contam com algum tipo de coleta seletiva e que não necessariamente atendem à demanda necessária para o incremento da reciclagem de materiais como um todo.

Outros fatores que ainda limitam um aumento expressivo na atividade, apostado pela pesquisa foram: aumento do preço do material reciclado e consequente queda na competitividade em relação à resina virgem, altos custos de utilidades, como energia elétrica, impedem o crescimento das recicladoras, a baixa qualidade do material que é coletado, a informalidade das empresas, entre outros.
Ainda assim, a posição do Brasil no ranking mundial em termos de índice de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo tem relevante destaque. Suécia (35%), Alemanha e Noruega (33%), Bélgica (29,2%), Dinamarca (24%), Itália (23,5%), Suíça e Reino Unido (23%), Eslovênia (22%) e Brasil (21,7%). A média da União Europeia é de 24,7%.

O presidente da Plastivida, Miguel Bahiense, acredita que a educação - a disseminação dos conceitos de consumo responsável, reutilização dos produtos e destinação adequada dos resíduos, entre eles os plásticos - é o canal mais eficaz para que toda a sociedade – população, indústria, poder público – compreenda seu papel em prol da sustentabilidade. “É por meio da educação e do empenho de todos – poder público indústria (produtos e serviços) e população - que vamos conseguir aproveitar melhor os recursos, gerar economia e garantir a preservação ambiental”, afirma o executivo.