segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Consumidor quer que Justiça determine sacolinha grátis

Após a retirada das sacolinhas dos supermercados e a disputa jurídica entre órgãos de defesa do consumidor e os varejistas para colocá-las de volta nos caixas das lojas, nova pesquisa do Datafolha mostra que 73% dos consumidores são favoráveis a que a Justiça obrigue a distribuição gratuita.
O levantamento, feito entre os dias 21 e 22 de agosto, foi realizado para a Plastivida (Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos), entidade que representa interesses da cadeia industrial do plástico e é contra o banimento das embalagens.
Uma decisão liminar da Justiça prevê que a sacolinhas fosse distribuídas de forma gratuita até 15 de setembro. Após essa data, os supermercados não eram mais obrigados a fornecer as embalagens.
A decisão ainda determina que os varejistas forneçam uma alternativa de sacola reutilizável, ao preço máximo de R$ 0,59, até o dia 15 de abril de 2013.
A Apas (Associação Paulista de Supermercados), entretanto, optou por garantir a entrega das sacolinhas (e
prorrogar a distribuição gratuita) enquanto negocia com a associação SOS Consumidores, autora da ação para garantir a gratuidade das embalagens, e com o Ministério Público paulista um acordo para uma "mudança gradual de hábitos".
"Os supermercados pediram prazo até 15 de outubro e estamos negociando um acordo", diz Marli Sampaio, presidente da SOS Consumidores.

MUDANÇA SIGNIFICATIVA
Para Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, chama atenção o fato de 69% dos entrevistados em agosto se posicionarem contra o fim da distribuição das sacolas plásticas gratuitas.
"Houve aumento de 29 pontos percentuais em relação à pesquisa de janeiro, quando 40% dos entrevistados na ocasião terem se posicionados da mesma forma", diz.
Para ele, essa mudança é explicada, em parte, pelo fato de 79% das pessoas acharem que terão gastos extras com sacos de lixo --se as sacolinhas fossem de fato banidas - e 66% afimarem que tiveram de comprar sacos de lixo no período em que a distribuição na boca do caixa foi interrompida.
A Apas não se pronunciou sobre a pesquisa.

Via: Folha de S.Paulo

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