sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sacolas plásticas: será o “x” da questão?


É meus amigos, como sempre, eu e você somos os grandes responsáveis pela poluição do planeta, não é mesmo?            A hipocrisia impera e ninguém parece se importar...
A questão da utilização das sacolas plásticas está sendo colocada pela grande mídia, muitos legisladores, entre outros grupos, como o cerne da questão ambiental do momento.
Estamos vivenciando mais um episódio da novela diária dessa “Sociedade Hospício”, onde acontecem desvios das mais diversas formas na compreensão e reflexão sobre os problemas do homem e do meio social.
Vamos refletir um pouco
Assim como vemos os bancos e especuladores serem salvos pelo Estado nos mais diversos países após avalanches econômicas causadas por eles mesmos (no modelo catastrófico de gestão neoliberal), vemos a mira ser apontada para a cabeça do cidadão quando a questão ambiental entra em questão.
Somos bombardeados com críticas e sugestões na televisão, nos jornais, para economizarmos energia, água potável, reciclar, reduzir e reutilizar o lixo, pois a sociedade é apontada como a grande responsável em amenizar os danos ao meio ambiente.
No entanto, basta poucos minutos de reflexão para perceber que apenas os edifícios da Avenida Paulista aliados a meia dúzia de shoppings nobres da capital de São Paulo, por exemplo, gastam milhões de litros de água potável por mês e milhões de quilowatts por hora. Estabelecimentos que, juntos, consomem mais água potável e energia elétrica por mês do que algumas cidades inteiras do interior do país.
Um cidadão comum levaria mais de 50 anos para consumir a energia elétrica desperdiçada por alguns desses estabelecimentos comerciais. Imaginem então o desperdício das indústrias? Ah, mas as indústrias podem produzir e comercializar produtos com plástico sem qualquer controle, afinal, elas são as grandes responsáveis por fazer a economia girar, certo?
Errado! As indústrias e empresas são as grandes responsáveis em poluir desordenadamente o meio ambiente com resíduos tóxicos, em esgotar os recursos naturais com sua produção desenfreada e a prejudicar a vida na Terra com sua ótica predominantemente econômica, onde o que importa é o lucro, acima de tudo e de todos.
Diariamente são exibidos comerciais na televisão para conscientizar o cidadão, mas é raro ver um anúncio: “Atenção empresário! Não jogue lixo tóxico nos rios da sua cidade! Atenção empresas! Não desperdicem energia elétrica e, por favor, dêem um destino correto ao lixo industrial!”.
Você pode questionar que estou defendendo o uso desordenado dos recursos pelos cidadãos ou criticando o modelo de vida sustentável pregado pelos ambientalistas, mas a questão é levar o foco para o “x” da questão. É mostrar que o cidadão é vítima e não protagonista.
O bom senso é mais do que necessário nessa hora. Temos que ter consciência em utilizar os recursos de forma correta, mas colocar o cidadão como o grande responsável pela poluição ambiental é um crime contra a consciência!
Afinal, enquanto eu economizo água no banho, a empresa responsável pelo saneamento e fornecimento de água da cidade de São Roque, por exemplo, aponta em seus relatórios que 50% da água tratada é desperdiçada em sua própria rede de distribuição. E o mais chocante é que esse índice está dentro da normalidade, segundo a empresa, situação que se arrastou pelos últimos 50 anos. Ou seja, enquanto você toma seu banho mais rápido, a empresa não mostra nenhuma pressa em arrumar os vazamentos e solucionar a questão da perda da água potável em sua rede de distribuição, devido falta de manutenção, planejamento e, principalmente, consciência ambiental.
Nada contra a empresa especificamente, mas com a lógica do modelo de gestão da grande maioria das empresas do nosso país.
Enquanto você compra sacolas biodegradáveis para ajudar o meio ambiente, as empresas e indústrias continuam produzindo e distribuindo seus produtos com plástico, sem qualquer cuidado. Os mercados gastam menos e você cada vez mais!
Enquanto você desliga os aparelhos elétricos da tomada durante a noite para economizar energia, as empresas e indústrias deixam seus holofotes radiantes iluminarem seus logotipos por madrugadas inteiras na fachada de rodovias e distritos industriais, sem qualquer necessidade. Como diria o narrador Milton Leite, do Sportv: "Que beleza!"
Conheça seus direitos
Em São Roque alguns estabelecimentos não estão mais oferecendo sacolas plásticas para o cidadão levar sua compra para casa. É importante frisar para todos os cidadãos que o PROCON de São Paulo divulgou que os estabelecimentos são obrigados a oferecer aos clientes alternativas gratuitas às sacolas plásticas, para que possam finalizar suas compras de forma adequada. É importante destacar que, na ausência de opção gratuita para que o consumidor possa concluir sua compra, o estabelecimento deverá fornecer gratuitamente a sacola biodegradável, respeitando assim os ditames do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Então se você for a um supermercado local e não oferecerem uma forma para você levar suas compras para casa adequadamente, denuncie! Afinal, não podemos pagar o pato sem ao menos ter como levar ele para nossa casa!

Um comentário:

  1. olá eu não sei se vocês viram o comentário do ratinho essa semana que ele não sabe por que acabaram com as sacolas plásticas em São Paulo e que essa história e pura hipocrisia seria bom vocês comentarem sobre dava um post legal olá sou biólogo e tenho um blog de biologia achei muito legal seu blog e estou seguindo se puder visite o meu http://biohd.blogspot.com.br/ se gostar fique a vontade para seguir até mais felicidades

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