O cientista Vila Ganpat Pol, do Laboratório Nacional Argonne, em Illinois (EUA), desenvolveu uma técnica para converter uma mistura de lixos plásticos em microesferas de fuligem, carbono resultante de combustão incompleta. As microesferas podem ser usadas em tintas, lubrificantes e pneus e até incorporadas em anodos de baterias de lítio.
Para criar as esferas, Pol fundiu uma mistura de plásticos em um reator a 700 ºC. Nessa temperatura, a pressão no reator chega a 34 atmosferas, ajudando a quebrar as ligações químicas entre os átomos de hidrogênio e carbono nas cadeias de polímeros dos plásticos. O gás hidrogênio foi sugado para fora do reator, deixando para trás microesferas de até 10 micrômetros de diâmetro.
Pol recentemente usou um processo similar para converter lixo plástico em nanotubos de carbono. No entanto, esse processo requeria o uso de um catalisador.
A nova técnica, diz Pol, não requer nenhum catalisador. Geoffrey Mitchell, um cientista de materiais na Universidade de Reading, no Reino Unido, afirma que o fato de o processo não precisar catalisar é um avanço e que, se a técnica puder ser usada para reciclar a crescente quantidade de lixo plástico misturado de baixo valor, ela poderá ter um futuro promissor.
O estudo foi publicado no periódico "Environmental Science and Technology".
Nenhum comentário:
Postar um comentário