segunda-feira, 24 de maio de 2010

Isopor, material 100% reciclável transforma-se em solados para calçados, molduras e material para a construção civil. Continue reutilizando as sacolas plásticas!


Coleta seletiva cria nova atividade profissional com renda média mensal de R$ 500,00.

O EPS, mais conhecido como Isopor, transforma-se em compósitos para a injeção de solados para calçados, réguas escolares, vasos para plantas, capas para CDs, molduras para quadros, rodapés e também em matéria-prima para a fabricação da chamada madeira plástica ou ecológica e materiais diversos para a construção civil.
Essa matéria-prima é obtida nas unidades de reciclagem da Termotécnica, empresa fabricante de EPS, localizadas em Sapucaia do Sul, RS; Joinville, SC; São José dos Pinhais, PR; Goiânia, GO; Manaus, AM, e Sumaré, Rio Claro e Indaiatuba, SP, com o reaproveitamento das aparas que sobram no processo de produção de peças e também das coletas realizadas por catadores ou classificadores de materiais recicláveis dessas cidades.

Albano Schmidt, presidente da Termotécnica e membro da comissão setorial de EPS da Abiquim, esclarece que em menos de três anos o programa já criou uma nova atividade profissional, com renda mensal média de R$ 500,00 e despertou o interesse de secretarias do meio ambiente de algumas cidades. Albano enfatiza que o programa está em ascensão em virtude da rápida e gradativa conscientização das pessoas sobre a necessidade de separação do lixo reciclável dos restos orgânicos.

Para Paulo Michels, coordenador de reciclagem da Termotécnica, outro ponto favorável do programa e que desperta o interesse de outras comunidades no processo de reciclagem do EPS é a facilidade da separação. Michels reconhece que existem obstáculos para o trabalho de coleta, como a desfavorável relação peso/volume do EPS. Outro fator negativo é o desconhecimento dos próprios catadores de materiais.
De acordo com Michels, o grande desafio será capacitar as pessoas que se dedicam ao trabalho de coleta para que possam diferenciar o plástico mole do plástico duro; o papel do papelão; o polipropileno do polietileno, do poliestireno e do PVC. “A renda dessas pessoas poderá aumentar muito com o esclarecimento das pessoas”, salienta Michels.

Sacolas de plástico - Esse desconhecimento ocorre em todas as camadas da sociedade, que erroneamente consideram nocivo o uso de sacolas de plástico para a embalagem das compras em supermercados. De acordo com Michels, as sacolas utilizadas atualmente são todas recicláveis e o que falta é a orientação às pessoas para que as usem corretamente e as encaminhem para a reciclagem. Poucos sabem que, com um processo correto de reciclagem, as sacolinhas de supermercados podem ser usadas para a produção de diversos produtos, inclusive lona plástica para cobertura.

Michels está confiante porque o interesse de algumas secretarias do meio ambiente demonstra que a nova atividade vai evoluir muito, especialmente no dia em que a comunidade se conscientizar que pode e deve evitar misturar materiais recicláveis com lixo orgânico na mesma embalagem de descarte.
“Basta copiar o que é feito em países europeus e nos Estados Unidos, onde o reaproveitamento de materiais recicláveis é incentivado e levado a sério. Está na hora de seguirmos esse exemplo”, finaliza Paulo Michels.


Fonte: Portal Fator Brasil

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