Os consumidores começaram a reencontrar nos caixas de supermercados as sacolinhas plásticas. As redes mercadistas foram obrigadas a cumprir determinação da juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 1ª Vara Central da Capital, que considerou a solução dos supermercados para resolver o problema das sacolinhas “simplista”, o que “onera desproporcionalmente” o consumidor.
A juíza acolheu entendimento do Ministério Público de que o consumidor foi onerado com a suspensão da distribuição das sacolinhas. “Convence, entretanto, o argumento de que a solução adotada pelos supermercados com o propósito declarado de atender a preocupação ambiental acabou por onerar excessivamente o consumidor, a quem se impôs com exclusividade todo o desconforto produzido.”
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informou ter orientado os associados a cumprir a decisão judicial, mas anunciou que vai recorrer da decisão.
A medida atendeu uma reivindicação dos consumidores. De acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 2 e 3 de maio, 69% dos paulistanos queriam a volta da distribuição das sacolas plásticas nos supermercados. O levantamento apontou uma mudança na percepção dos consumidores da Capital, que passaram a avaliar o acordo firmado entre Apas e Governo do Estado de São Paulo uma desvantagem para os clientes, um ganho para os supermercados e vantagem ambiental zero.
Dos entrevistados, 43% acreditaram que o principal motivo para o fim das sacolinhas foi o interesse econômico dos supermercadistas; 35% consideraram que foi imposição das autoridades. E apenas 22% avaliaram o acordo como destinado a preservar o meio ambiente.
A preocupação ambiental é um avanço porque todas atividades humanas poluem. O conceito de desenvolvimento sustentável, tão em voga, preconiza que o impacto ambiental tem de ser o menor possível. Ou seja, o desafio é compatibilizar desenvolvimento econômico e tecnológico com proteção do meio ambiente.
Via: Metrô News
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