terça-feira, 31 de julho de 2012

Em Juiz de Fora, fim da sacola plástica é adiado para 2014


Ficou para 2014 o fim do uso de embalagens e sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores de serviço de Juiz de Fora. O prefeito Custódio Mattos (PSDB) sancionou a lei que dilatou o prazo, até 31 de dezembro de 2013, para que as empresas se adéquem à legislação que já havia sido aprovada em 2009 e que dava fim às sacolas plásticas na cidade. O tempo de adequação se esgotaria no próximo dia 4 de agosto. O que se percebe, por enquanto, é que a maioria dos consumidores ainda não adotou as sacolas de tecido ou as caixas de papelão como forma de carregar as compras. Por parte da Prefeitura, também não houve e não está prevista, para este ano, campanhas de conscientização.
Conforme o autor das leis que tratam desse assunto, vereador Júlio Gasparette (PMDB), a prorrogação visa a dar mais tempo para que a cidade discuta as melhores alternativas. "Os Ministérios Públicos de vários municípios pediram a suspensão das leis nesses locais, porque esse tema ainda está sendo discutido em nível nacional. Aqui em Juiz de Fora, houve um pedido por parte das empresas que fabricam as sacolas, dos supermercados e da própria sociedade. Além disso, há um projeto em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas sobre esse tema. Então, é preciso que tenhamos uma noção melhor para, se preciso, darmos nova redação à lei."
A Associação Mineira de Supermercados (Amis) comemorou a decisão. "Experiências que mudam hábitos da população precisam estar bem alinhadas. É preciso dar um passo certeiro para que as pessoas possam confiar e adotem aquela medida", justifica o superintendente da Amis, Adilson Rodrigues.
O superintendente do Sindicomércio de Juiz de Fora, Sérgio Costa de Paula, também celebrou a dilatação do prazo. "Já tínhamos prevenido o comércio sobre a entrada da lei em vigor. Mas, evidentemente, como sindicato empregador, ficamos satisfeitos com a alteração, pois muitos lojistas ainda têm grande estoque de sacolas plásticas."
Iniciativas isoladas

Independentemente de legislação, alguns juiz-foranos já se habituaram a trocar as sacolas plásticas. Há quase três anos usando as reutilizáveis, a aposentada Maria das Graças Nogueira Campos, 57 anos, coleciona oito modelos diferentes em casa. Dependendo do tamanho da compra que pretende fazer, ela leva a quantidade de sacolas necessárias. "A lei até poderia ajudar, mas acho que vai da educação da própria pessoa", opina.
Outra aposentada, Sueli Torres, 63, aderiu à bolsa de tecido há um ano. Ela defende, no entanto, que as sacolas de plástico não sejam totalmente abolidas. "É preciso bom senso. Alguns produtos que soltam água, como as carnes, precisam ser levados em sacola de plástico."
Em Belo Horizonte, estima-se que 97% dos estabelecimentos tenham abolido as sacolas plásticas em um ano, depois que uma lei municipal entrou em vigor na capital.

Via: Tribuna de Minas

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