A entidade acredita que, com o uso de sacolas mais resistentes, é possível se incentivar a diminuição do desperdício e a reutilização, sem a penalização do consumidor.
São Paulo, Abril de 2010 – Recentemente, a rede de supermercados Carrefour anunciou uma série de medidas para, em quatro anos, banir definitivamente em suas lojas o uso de sacolas plásticas. A Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos desafia que, entre tais medidas, o Carrefour distribua sacolas plásticas dentro da Norma Técnica ABNT NBR 14.937, para garantir que sejam mais resistentes, suportem o peso das compras na totalidade de sua capacidade e, assim, não tenham que ser usadas em duplicidade para que não rasguem.
A Plastivida lembra que é um direito do consumidor exigir sacolas plásticas fabricadas com a qualidade determinada pela Norma Técnica. É também uma recomendação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), divulgada no site do Ministério (http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=133), que o consumidor exija sacolas certificadas. Elas garantem a integridade das mercadorias que embalam; após carregarem as compras, podem – e são– reutilizadas em inúmeras funções (como embalar o lixo doméstico, levar utensílios para a praia, acondicionar o guarda-chuva molhado dentro da bolsa, guardar alimentos, etc); e evitando assim o desperdício, já que o consumidor pode usar cada uma delas em sua total capacidade, sem ter que colocar uma dentro da outra, o que reduz a quantidade utilizada e descartada.
Econômicas, resistentes, práticas, higiênicas e inertes, sacolas plásticas são reutilizáveis e 100% recicláveis. Tanto que, segundo pesquisa do Ibope, 100% delas são reutilizadas como saco de lixo e são as embalagens preferidas de 71% das donas de casa para transportarem suas compras. A questão nos dias de hoje é reduzir o impacto ambiental causado por aqueles que descartam incorretamente as sacolinhas.
"No lugar do banimento de qualquer produto, acreditamos que a educação da sociedade sobre uso consciente e descarte adequado - que significa aplicar os 3R's: Reduzir, Reutilizar e Reciclar - é o melhor caminho para um convívio harmonioso entre a praticidade, segurança, higiene e qualidade de vida que produtos como as sacolas plásticas oferecem e a preservação ambiental”, afirma Francisco de Assis Esmeraldo,presidente da Plastivida.
A sacola produzida dentro da Norma Técnica ABNT NBR-14.937 traz o peso que elas podem suportar (6,0 kg) e, com isso, o consumidor consegue racionalizar o uso dessas embalagens. Com um consumo responsável, não é necessário penalizar a população, com alternativas como, por exemplo, a de cobrar por sacolas retornáveis. “Somos a favor das sacolas retornáveis, mas esta opção deve ser sempre do consumidor”,afirma Esmeraldo. E completa: “há também a questão da economia. Se 100% das donas de casa usam as sacolas para embalar e acondicionar o lixo doméstico em plástico pois este é fator primordial para saúde pública, então o consumidor de baixa renda ainda terá de pagar também pelo saco de lixo?”.
A Plastivida acredita que a solução mais equilibrada está no investimento na informação e conscientização. Com pouco mais de dois anos, o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas criado pela cadeia produtiva do setor, já conta com a participação de três dos seis maiores grupos varejistas do Brasil, de inúmeras outras redes, além do apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e de suas congêneres estaduais. Voltado para a conscientização da população sobre uso responsável e descarte adequado de sacolas plásticas, o Programa já reduziu 40%do consumo das sacolinhas na maior rede de supermercados do País.
O desafio ambiental é urgente e imenso. E é pela educação, pela responsabilidade compartilhada - da indústria, sociedade e do poder público - e adotando soluções verdadeiramente consistentes que se pode garantir o bem estar das pessoas e a preservação do meio ambiente. Dessa forma, a Plastivida chama o Carrefour para assumir esse compromisso com a população e com a sustentabilidade.
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