Santa Catarina recebe, a partir de amanhã (27) a Escola de Consumo Responsável, uma iniciativa que tem como objetivo difundir os conceitos de uso consciente, redução do desperdício e descarte adequado de produtos como as sacolas plásticas. Blumenau será a primeira cidade do estado a receber esta iniciativa.
A novidade é que a Escola de Consumo Responsável, desenvolvida inicialmente para a capacitação do varejo, também contará com a participação de outras esferas da saciedade, como as redes de ensino. “O objetivo é a formação de multiplicadores sobre os conceitos de sustentabilidade, voltados ao uso das sacolas plásticas e de outros produtos por consequência”, explica Paulo Dacolina, diretor Superintendente do Instituto Nacional do Plástico (INP), uma das entidades idealizadoras deste projeto.
O executivo afirma que o alcance da Escola é também um diferencial. O formato desenvolvido – aulas de quatro horas, ministrada por instrutores previamente preparados e com apoio de material didático – faz com que seja possível levar a iniciativa pelo país, para quem tiver interesse nesse tipo de treinamento. “O resultado prático é a redução do desperdício das sacolas plásticas, além da conscientização e o maior envolvimento da população nas questões sustentáveis”, afirma o executivo.
Os fundamentos da Escola de Consumo Responsável partem do princípio que a preservação ambiental é responsabilidade de todos: poder público, iniciativa privada e população. A ação também promove sacolas mais resistentes, produzidas dentro da Norma ABNT 14937, uma vez que é direito do consumidor escolher a melhor embalagem para carregar suas compras. Sacolas mais resistentes podem ser usadas em menor quantidade, evitando seu desperdício e permitindo ainda sua reutilização.
Iniciativas de sucesso - A Escola de Consumo Responsável já está em funcionamento no Rio de Janeiro, onde mais de 400 colaboradores de sete supermercados foram treinados. Informar e capacitar pessoas para atuarem com responsabilidade e transmitir os conceitos de sustentabilidade no consumo tem sido iniciativas constantes da indústria do plástico. A Escola de Consumo Responsável é parte do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, que envolve indústria, varejo e população na questão da responsabilidade compartilhada para o meio ambiente.
O Programa chegou a oito capitais brasileiras (São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Florianópolis) e, de 2008 a 2010, promoveu uma redução de 4 bilhões de sacolas plásticas. Ele segue com o objetivo de alcançar e até mesmo ultrapassar a marca dos 30% de redução no uso das sacolinhas até 2012. Além do INP, a Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos e Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (Abief) são as entidades responsáveis por estas ações.
Educação e preservação ambiental - Um recente estudo, encomendado pelo governo Britânico sobre o impacto ambiental de diversos tipos de sacolas de supermercado, verificou o ciclo de vida das sacolas de algodão, ecobags, sacos de papel e sacolas plásticas tradicionais e o resultado apontou que a proporção de matéria prima usada nas sacolinhas plásticas, em comparação com as tantas possibilidades de reutilização que elas oferecem, as fazem ser mais sustentáveis que os outros tipos de sacola. Outro importante dado do estudo é que, devido ao fato da sacolinha apresentar o menor peso dentre as opções analisadas, ela emite, em seu processo produtivo, a menor geração de CO2.
Além disso, o consumidor tem o direito de escolher a melhor solução para carregar suas compras e vê na sacola plástica um modo também de ter economia. A população utiliza a sacola plástica para acondicionar o lixo doméstico, assim como para outros tantos usos. Embalar o lixo em plástico é uma recomendação dos órgãos de saúde do país, para que se evitem contaminações.
A Escola de Consumo Responsável, assim como o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, vem reforçar que, a partir da educação ambiental, do uso responsável e do descarte adequado é que se torna possível manter o conforto, a praticidade e a economia que a população precisa, sem que haja prejuízos ao meio ambiente.
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