segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sacolas plásticas são uma maneira econômica e segura de dispor o lixo

As sacolas plásticas são a maneira mais econômica de dispor o lixo doméstico, evitando que ele fique espalhado pelos quintais e ruas, fato que contribui com a saúde das pessoas. Elas também são muito eficientes para organizar os resíduos que são enviados à reciclagem, permitindo aos moradores separarem os orgânicos e os recicláveis.
Assim como acreditamos, o consumo responsável de sacolas plásticas começa no supermercado e deve terminar com a reutilização e o descarte adequado do material, que é usado por quase 100% da população para o acondicionamento de seus resíduos. Além da reutilização, é importante evitar o desperdício de sacolas, fato que também começa no momento da compra, com as sacolas certificadas, maiores e mais resistentes e culmina no uso de menos sacolas tanto no transporte dos produtos, quanto na organização do lixo.

Uma reportagem do Jornal do Comércio do Rio Grande do Sul aponta a economia do uso das sacolas para descartar o lixo e compara o valor que seria gasto com sacos de lixo – na ausência das sacolas plásticas - com outros itens essenciais à vida das pessoas. A conclusão é de que um pacote de sacos de lixo custa o equivalente a cinco quilos de arroz, quantidade suficiente para alimentar uma família por cerca de um mês.

Leia a seguir, a matéria na íntegra:

Sacolas de super, sacos de lixo e arroz...
Jornal do Comércio do RS - Notícia da edição impressa de 04/02/2011

Os dois primeiros nomes citados no título têm tudo a ver, mas e o arroz onde entra nisto? Um assunto que vai e volta é o uso das sacolas plásticas nos supermercados ou a tão propalada redução do uso delas. Volta e meia ouvimos e vemos na mídia que elas são poluentes, que entopem os bueiros e bocas de lobo, que levam anos e anos para se decompor, etc, etc, enfim aquela velha cantilena dos ecochatos de plantão. Quem fica bem feliz com isto são os donos de supermercados, que irão diminuir sensivelmente seus custos com embalagens e também os fabricantes de sacos (plásticos) de lixo, que deverão aumentar o faturamento por razões óbvias – me atrevo a afirmar que 90 por cento do lixo doméstico é acondicionado em sacolas de supermercado, basta sair pelas ruas antes do recolhimento e observar. Raramente compro saco de lixo, mas ontem estava na minha lista do super este item e fui à gôndola pegar o dito cujo – quase caí duro ao ver o preço deles, algo como R$ 9,00 por 30 sacos de 30 litros ou R$ 0,30/unidade. Se o vivente usar um saquinho destes por dia, no final do mês terá gasto R$ 9,00 só para acondicionar o lixo. Aliás, pouca coisa se pode comprar com R$ 9,00 dentro das nossas despesas mensais, só me ocorre um produto que ainda é mais barato, o arroz. Cinco quilos deste cereal tão nobre alimentam uma família pequena durante um mês inteiro e no mesmo super do saco de lixo caro, um pacote de 5 kg de arroz estava sendo vendido a R$ 6,00! É pouco ou muito? Depende das posses de cada um.

Compare com o custo de alguns itens como a sua conta do celular ou com o cartão dele, se for pré-pago, por exemplo. Muita gente gasta muito mais do que seis pilas por mês para falar no telefone. Por estas distorções se explica um pouco a grave crise financeira que enfrentam os produtores de arroz deste País, onde saco para lixo vale mais que comida! E se o arroz custasse R$ 5,00 o quilo? Sou capaz de apostar que haveria uma guerra em cima dos produtores rurais. Mas uma família gastaria R$ 25,00 por mês com este grão que é tão tradicional na nossa mesa, menos do que se gasta com celular ou cerveja e um pouco mais do que com sacos de lixo. Para terminar, uma pergunta que não quer calar: se querem os ambientalistas e ecologistas que não usem sacolas plásticas nos supermercados porque elas poluem, mesmo elas sendo reutilizadas para acondicionar o lixo, qual o recipiente que eles sugerem para colocarmos nossos resíduos? Se a resposta for “Saco de lixo”, não vale – pois eles são de plástico e “levam anos e anos para decompor, vão poluir, entupir” etc, etc...

*Paulo Roberto Moreira Ene - Médico-veterinário e produtor rural

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