O PROGRAMA DE COLETA SELETIVA DA
PREFEITURA DE SÃO PAULO SERIAMENTE AMEAÇADO
O programa da prefeitura de São
Paulo, que promove a coleta seletiva, está seriamente ameaçado pelo acordo da
Associação Paulista dos Supermercados (Apas) e o Procon-SP, pela cobrança das
sacolas plásticas no município paulista.
A inteligente ideia da prefeitura de
São Paulo de promover a reutilização das sacolas plásticas como sendo um
veículo adequado para a destinação correta dos resíduos e com isso engajar a
população na ação da separação dos resíduos é posta em cheque pela ganancia dos
supermercados, aliada uma atitude incompreensiva do Procon-SP.
O Procon-SP, órgão de defesa do
consumidor, contraria posições que defendem a gratuidade das sacolinhas,
manifestadas pelo Procon Nacional e Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon)
e, mais uma vez deixa de ouvir todas as partes interessadas neste acordo, ao
contemplar somente o interesse dos supermercados.
Com o desemprego crescendo, inflação
subindo, com incertezas, de toda ordem pairando sobre a população, o Procon de
São Paulo impinge uma absurda transferência de renda do consumidor para os
supermercados.
Distribuídas gratuitamente e
utilizadas para fins de coleta seletiva, as sacolas plásticas se tornam agentes
de um processo que beneficia a população e o meio ambiente. Sem a gratuidade, o
único beneficiado é o supermercado.
Como se não bastasse inutilizar o
plano de coleta seletiva da prefeitura e onerar o consumidor, a decisão pelo a
fim da distribuição gratuita das sacolinhas plásticas nos supermercados ameaça
diretamente 30 mil empregos no estado de São Paulo – 14 mil só na Capital -, e
indiretamente outros 100 mil (indústrias de máquinas, de pigmentos, de
impressão de sacolas plásticas e outros).
Não há razão para cobrança das
sacolinhas, exceto o desejo de aumentar o lucro dos supermercados. Não podemos
concordar om o ônus ao consumidor e a sabotagem à política de reciclagem de
lixo estabelecida pelo governo Municipal.
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