Confira o Artigo de Francisco Oliveira, Engenheiro Civil da Fral Consultoria, sobre a situação das sacolas plásticas na cidade de São Paulo.
Por
Francisco Oliveira
Muito se
tem falado sobre as sacolinhas plásticas nos últimos anos. A polêmica é grande e
mexe com associações, donos de supermercados, ambientalistas e, é claro, o
consumidor final. A última ação foi protagonizada por Fernando Haddad, atual
prefeito de São Paulo.
Haddad
entrou com um pedido na Justiça para barrar a cobrança por sacolinhas plásticas
nos supermercados de São Paulo. A ação é contra a Associação Paulista de
Supermercados (Apas).
Desde
cinco de abril, entrou em vigor a lei sancionada na gestão Gilberto Kassab
(eleito pelo DEM) e regulamentada por Fernando Haddad (PT) que proíbe o uso de
sacolas plásticas derivadas do petróleo. A lei não fala da cobrança pela
embalagem, mas permite a oferta de modelos feitos com material reciclável e que
podem ser reutilizados para lixo orgânico e coleta seletiva. Toda essa
discussão nos faz pensar se realmente o tema se justifica como centro das
atenções quando o assunto é sustentabilidade e meio ambiente.
O dilema
das sacolinhas plásticas dentro do atual contexto econômico que o país enfrenta
não se justifica. E explico o porquê! Para muitas famílias das classes D e E, a
sacola do mercado ainda representa o principal local de armazenamento dos seus
resíduos ou lixo orgânico.
Estes
sacos de mercado não representam risco maior do que aqueles sacos pretos, também
muito usados, uma vez que o risco maior para o meio ambiente está associado ao
mau descarte, armazenamento e coleta destes sacos independentemente da sua
composição.
O que
deve ser comentado é que o mais importante é dar ao lixo a melhor destinação,
ou seja, aquela que provoca o menor impacto ambiental.
Evidentemente,
que um saco de plástico na condição de uma disposição inadequada (lixões ou
margens de cursos d’água) representa, a longo prazo, um risco maior do que o
saco de material biodegradável, no entanto, é sempre importante enfatizar que o
fator relevante é o educacional ou seja, armazenar e descartar de forma
correta.
A
preocupação com a forma do descarte e o local onde este lixo será depositado é
primordial para que possamos realmente ter um resultado mais qualitativo quando
o assunto é meio ambiente. Educar para reciclar acaba sendo a melhor saída para
sustentabilidade.
Francisco
Oliveira é Engenheiro Civil e Mestre em Mecânica dos Solos, Fundações e Geotecnia
e fundador da Fral Consultoria.
Sobre a
Fral Consultoria
http://www.fralconsultoria.com.br
/ (11) 5093 7709
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