Reunião sobre o fim das sacolas plásticas tem debates acalorados
14/02/2014 11h47
Ânimos exaltados e clima tenso marcaram mais uma reunião sobre a substituição das sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais de Itabira, nessa quinta-feira, 13 de fevereiro. Comandada pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Nivaldo Ferreira, o encontro teve como público alvo os comerciantes que serão impactados diretamente com a nova lei.
Quando Nivaldo chegou à sede da CDL para a reunião, as discussões já estavam quentes. Ele assumiu o microfone, argumentou a favor da extinção das sacolas e disse se tratar de uma tendência mundial. “As sacolinhas não são as vilãs da história. Elas são apenas parte do problema”, ponderou. De acordo com Nivaldo, a lei municipal deveria ter entrado em vigor quatro meses após sua aprovação, em 2009, mas como não entrou, houve ainda mais tempo para as discussões.
Representantes de várias empresas presentes ao encontro se manifestaram contra a extinção das sacolinhas. É o caso de Marcelus Augusto Reis Oliveira, diretor da Criarte, empresa que produz o material. De acordo com o empresário, há interesse do setor supermercadista nesta lei, que ficaria isento das despesas com a embalagem. “A partir do momento que se deixar de fornecer a sacola, as pessoas vão comprar sacos de lixo. E isso gera lucro para o supermercado”, disse, referindo-se ao uso das sacolinhas no acondicionamento de lixo doméstico.
Marcelo trouxe para a reunião uma lei estadual, aprovada e vetada pelo governador, que obriga os estabelecimentos comerciais a providenciarem gratuitamente sacolas plásticas biodegradáveis ou oxi-biodegradáveis para acondicionamento de mercadorias em todo o estado. O projeto de lei deverá voltar à Assembleia Legislativa. Ele também citou exemplos de outras cidades em que a lei enfrentou problemas, como Belo Horizonte e Ipatinga.
O empresário Márcio Lage, que também é vice-presidente regional da Associação Mineira dos Supermercados (Amis), disse que a legislação tem de ser cumprida. Ao se pronunciar, afirmou que a lei já foi aprovada, discutida em todas as instâncias da sociedade e regulamentada. “Esta é uma reunião para esclarecimentos. Não existirá sacola mais a partir de outubro”, afirmou.
Prazo
A circulação das sacolas plásticas comuns será proibida a partir de abril deste ano, atendendo à Lei Municipal 4.281/2009 (regulamentada pelo Decreto 960/2013). Já a proibição das sacolas biodegradáveis e oxi-biodegradáveis entrará em vigor a partir de outubro. A Prefeitura vai iniciar uma campanha voltada aos consumidores com o objetivo de divulgar a lei e estimular o uso de materiais alternativos, como sacolas retornáveis, sacos de papel e caixas de papelão.
Fonte: http://www.defatoonline.com.br/noticias/ultimas/14-02-2014/reuniao-sobre-o-fim-das-sacolas-plasticas-tem-debates-acalorados
Estão querendo começar tudo de novo. Já perderam diversas batalhas, contudo continuam com esta falácia de que sacolinhas são as inimigas públicas nr. um do meio ambiente. A questão é COMERCIAL das empresas que fornecem.
ResponderExcluirAs alternativas que colocaram são ambientalmente piores que as sacolinhas.
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