A preservação ambiental está na
pauta mundial hoje, seja do poder público, seja da iniciativa privada, assim
como da população de modo geral. E o cuidado com o meio ambiente é um dos
pilares do tripé que forma o conceito do Desenvolvimento Sustentável. Modismos
à parte, quem atua seriamente com projetos sustentáveis sabe que, somente com a
equalização dos benefícios sociais, econômicos e ambientais é que se consegue
efetivamente alcançar resultados efetivamente sustentáveis e práticos para as
gerações atuais e futuras.
Nos últimos anos, o perfil da
população consumidora mudou muito no País e hoje já são mais de 40 milhões de
brasileiros fora da linha de pobreza, pessoas que se tornaram economicamente
ativas e que atualmente buscam a inclusão social também por meio do acesso ao
bem material. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
mostram que, em dez anos, o acesso à educação também mudou e que a quantidade
de crianças matriculadas em escolas ou creches passou de 51,4% para 80,1%. São
dados fantásticos.
Soma-se a isso um movimento de
democratização da informação. É muito maior o número de pessoas com acesso à
internet, o que hoje abre portas para que a população pesquise sobre produtos e
serviços, compare preços e decida o que consumir e o que não consumir.
Isso porque a informação, positiva ou negativa, circula rapidamente pela rede,
formando opinião. E com o aumento do acesso à educação esse fenômeno tende a se
consolidar a cada ano.
Esse novo papel do consumidor na
sociedade tem despertado o interesse e a atenção de empresas, investidores,
governos e estudiosos. No dia 15 de março, por exemplo, a presidente Dilma
Rousseff lançou o a Plano Nacional de Consumo e Cidadania e afirmou que o
governo pretende transformar a defesa do consumidor brasileiro em uma política
de Estado. Ou seja, estão sendo criados mecanismos para que a relação entre
indústria, varejo e consumidor seja cada vez mais transparente e saudável.
Na indústria do plástico não é
diferente. O respeito ao consumidor e ao meio ambiente é a bandeira do setor. A
atuação da Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos em prol da
sustentabilidade, sempre contemplou a questão do custo-benefício e do bem estar
social, a partir do uso adequado dos plásticos, produtos indispensáveis à vida
moderna. Acreditamos que o respeito ao consumidor começa ao dar-se a ele
informações corretas e capacidade de escolha sobre o que e como consumir.
Economia, bem-estar e proteção
ambiental são o que os plásticos oferecem em suas diversas aplicações na área
médica, na produção, armazenagem e transporte de alimentos e água, na indústria
automotiva, agricultura, construção, saneamento, entre tantas outras áreas
importantes da economia.
Atuamos para derrubar mitos e
achismos infundados, dando à população acesso a estudos, dados científicos e
pesquisas que mostram a realidade dos plásticos e sua importância no dia–a-dia
das pessoas, assim como para promover a educação ambiental, consumo e descarte
adequados, reutilização e reciclagem.
Muitos desconhecem que 100% dos
plásticos são recicláveis e que a reciclagem hoje é uma fonte de trabalho e
renda no Brasil. E se o país atualmente ocupa a oitava posição mundial entre os
países que mais reciclam plásticos (22%, sendo que a Suécia, que ocupa a
primeira colocação, recicla 35%), é porque muito se tem avançado na questão da
informação sobre a reciclagem, por exemplo.
Temos trabalhado para envolver a
indústria, o varejo, o governo e a população no processo de educação ambiental,
com iniciativas pioneiras e de sucesso. Um exemplo disso é o Programa de
Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, que tem mobilizado todo o
Brasil na redução do desperdício e nas boas práticas de uso e descarte das
sacolas, com respeito ao direito do cidadão e ao meio ambiente.
Ao criarmos uma cultura de consumo
adequado, embasada em informações científicas, corretas portanto, formamos uma
sociedade mais crítica e responsável por suas ações e deveres, que fará a sua
parte no combate ao desperdício e na preservação ambiental com coerência e
discernimento, mas que também estará apta para reivindicar produtos de
qualidade e serviços efetivos. E o melhor, com respeito aos seus direitos de
consumidores.
Miguel Bahiense, presidente da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos e do INP – Instituto Nacional do Plástico.
Por Brasil Econômico, São Paulo/SP.
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